domingo, 24 de abril de 2011

ARBORIZAÇÃO URBANA



Ao final de 2009, o Fórum da Agenda 21 de Fortaleza resolveu fazer um balanço da sua atuação e direcionar seu foco de atuação para as políticas públicas de arborização da cidade. A partir de então, houve a percepção pelos integrantes do processo intenso e crescente de desmatamento que a cidade tem passado. Cotidianamente são cortadas e arrancadas dezenas de árvores em áreas públicas e privadas, com ou sem autorização da prefeitura. Os espaços e passeios são pavimentados em seguida, como se nunca tivesse havido vegetação no local, restando apenas as lembranças da população. Existe em curso uma verdadeira “cultura” de assepsia e da desimportância das árvores. “As folhas das árvores sujam muito”, “as plantas atraem insetos”, “as copas das árvores escurecem as ruas e servem de abrigos a marginais” são exemplos das idéias que reproduzem esta lógica. A idéia de que “ora, são apenas árvores” está presente inclusive entre gestores públicos que promovem obras e liberam construções privadas sem a devida atenção à preservação da cobertura vegetal da cidade.

Em abril de 2010 o Fórum realizou o Seminário “À Sombra das Árvores” no auditório da biblioteca da Universidade de Fortaleza - UNIFOR. Deste evento foram tiradas 70 diretrizes para a implantação do Plano Diretor de Arborização Urbana de Fortaleza. Ao longo do ano passado também houve visitas ao Programa de Transporte Urbano de Fortaleza - TRANSFOR e à Empresa de Limpeza e Urbanismo - EMLURB visando aproximar os órgãos da Prefeitura desta discussão. A última reunião da Coordenação do Fórum, em 15 de fevereiro, contou com a presença do Secretário titular da SEMAM, com o objetivo de firmar o apoio institucional do órgão à elaboração do Plano.
Sobre a atuação da Prefeitura Municipal de Fortaleza
O capítulo 38 do Código de Obras e Posturas trata da arborização da cidade. O Artigo 588 estabelece que o corte de vegetação de porte arbóreo, em terrenos particulares, dentro do Município de Fortaleza, dependerá do fornecimento de licença especial, pelo órgão municipal competente.” O Coordenador de Fiscalização e Controle Urbano da SEMAM, Alan Arrais, garantiu que a aprovação de licenças para projetos arquitetônicos observa o que determina a lei, embora não possa garantir com certeza que a arborização do lote edificado conste de um checklist de observações dos técnicos responsáveis pela aprovação ou não dos projetos.

Além disso, também não há certeza que, quando da emissão do “Habite-se”, a fiscalização em cada Regional adote um padrão similar de verificação do atendimento ao que dispõe a legislação quanto à derrubada e replantio de árvores. Diz o § 2º do mesmo artigo: “A árvore sacrificada deverá ser substituída, pelo plantio, no lote onde foi abatida, de duas outras, de preferência de espécie recomendada pelo órgão municipal competente ou, se o plantio não for possível, a substituição se fará com o fornecimento de mudas ao Horto Municipal, na forma desta Lei.

Na prática, muitas vezes não é possível nos espaços remanescentes nos terrenos após o levantamento das edificações, realizar o replantio das quantidades de árvores correspondentes ao dobro do que existia antes, ou mesmo por comunidade, os construtores adotam a solução de “pagar” as mudas ao Horto municipal. A EMLURB é a responsável pelo recolhimento das taxas referentes à aquisição das mudas. Mas quanto é arrecadado e a destinação efetiva dos recursos para projetos de arborização ou paisagísticos nos logradouros públicos é algo que não se sabe.

Em suma, o quadro é aparentemente grave. A falta de uma política consistente de arborização da cidade, os vários órgãos públicos envolvidos e a falta de sintonia entre eles no sentido do controle e fiscalização dos processos de desmatamento e florestamento ou reflorestamento, aliada à “cultura da assepsia” na sociedade, tem agravado rapidamente o cenário de redução da cobertura vegetal da cidade, trazendo como conseqüências: o aumento do aquecimento atmosférico e dos problemas urbanos, como as cheias nos recursos hídricos; a diminuição da sensação de conforto ambiental e a perca da biodiversidade; e ainda contribui para as mudanças climáticas que vem ocorrendo no mundo inteiro.

sábado, 9 de abril de 2011

Carta da Terra

PREÂMBULO
Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais interdependente e frágil, o futuro reserva, ao mesmo tempo, grande perigo e grande esperança. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino comum. Devemos nos juntar para gerar uma sociedade sustentável global fundada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grande comunidade de vida e com as futuras gerações.
TERRA, NOSSO LAR
A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, é viva como uma comunidade de vida incomparável. As forças da natureza fazem da existência uma aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade de vida e o bem-estar da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum de todos os povos. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever sagrado.
A SITUAÇÃO GLOBAL

Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental, esgotamento dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos eqüitativamente e a diferença entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causas de grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não inevitáveis.
DESAFIOS FUTUROS
A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros ou arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças fundamentais em nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que, quando as necessidades básicas forem supridas, o desenvolvimento humano será primariamente voltado a ser mais e não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos no meio ambiente. O surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos, políticos, sociais e espirituais estão interligados e juntos podemos forjar soluções inclusivas.
RESPONSABILIDADE UNIVERSAL
Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de responsabilidade universal, identificando-nos com a comunidade terrestre como um todo, bem como com nossas comunidades locais. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações diferentes e de um mundo no qual as dimensões local e global estão ligadas. Cada um compartilha responsabilidade pelo presente e pelo futuro bem-estar da família humana e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da existência, com gratidão pelo dom da vida e com humildade em relação ao lugar que o ser humano ocupa na natureza.
Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos na esperança, afirmamos os seguintes princípios, interdependentes, visando a um modo de vida sustentável como padrão comum, através dos quais a conduta de todos os indivíduos, organizações, empresas, governos e instituições transnacionais será dirigida e avaliada.
PRINCÍPIOS
I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DE VIDA
1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.
  1. Reconhecer que todos os seres são interdependentes e cada forma de vida tem valor, independentemente de sua utilidade para os seres humanos.
  2. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.
2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.
  1. Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais, vem o dever de prevenir os danos ao meio ambiente e de proteger os direitos das pessoas.
  2. Assumir que, com o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder, vem a
    maior responsabilidade de promover o bem comum.
3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e pacíficas.
  1. Assegurar que as comunidades em todos os níveis garantam os direitos humanos e as liberdades fundamentais e proporcionem a cada pessoa a oportunidade de realizar seu pleno potencial.
  2. Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a obtenção de uma condição de vida significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.
4. Assegurar a generosidade e a beleza da Terra para as atuais e às futuras gerações.
  1. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas necessidades das gerações futuras.
  2. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apóiem a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra a longo prazo.
II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA
5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial atenção à diversidade biológica e aos processos naturais que sustentam a vida.
  1. Adotar, em todos os níveis, planos e regulamentações de desenvolvimento sustentável que façam com que a conservação e a reabilitação ambiental sejam parte integral de todas as iniciativas de desenvolvimento.
  2. stabelecer e proteger reservas naturais e da biosfera viáveis, incluindo terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.
  3. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçados.
  4. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que
    causem dano às espécies nativas e ao meio ambiente e impedir a introdução desses
    organismos prejudiciais.
  5. Administrar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida marinha de forma que não excedam às taxas de regeneração e que protejam a saúde dos ecossistemas.
  6. Administrar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis fósseis de forma que minimizem o esgotamento e não causem dano ambiental grave.
6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.
  1. Agir para evitar a possibilidade de danos ambientais sérios ou irreversíveis, mesmo quando o conhecimento científico for incompleto ou não-conclusivo.
  2. Impor o ônus da prova naqueles que afirmarem que a atividade proposta não causará dano significativo e fazer com que as partes interessadas sejam responsabilizadas pelo dano ambiental.
  3. Assegurar que as tomadas de decisão considerem as conseqüências cumulativas, a longo prazo, indiretas, de longo alcance e globais das atividades humanas.
  4. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.
  5. Evitar atividades militares que causem dano ao meio ambiente.
7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.
  1. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.
  2. Atuar com moderação e eficiência no uso de energia e contar cada vez mais com fontes energéticas renováveis, como a energia solar e do vento.
  3. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência eqüitativa de tecnologias
    ambientais seguras.
  4. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam às mais altas normas sociais e ambientais.
  5. Garantir acesso universal à assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva e a reprodução responsável.
  6. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num mundo finito.
8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover o intercâmbio aberto e aplicação ampla do conhecimento adquirido.
  1. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade, com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.
  2. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em todas as culturas que contribuem para a proteção ambiental e o bem-estar humano.
  3. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção ambiental, incluindo informação genética, permaneçam disponíveis ao domínio público.
III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA
9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.
  1. Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, alocando os recursos nacionais e internacionais demandados.
  2. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma condição de vida sustentável e proporcionar seguro social e segurança coletiva aos que não são capazes de se manter por conta própria.
  3. Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem e habilitá-los a desenvolverem suas capacidades e alcançarem suas aspirações.
10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam o desenvolvimento humano de forma eqüitativa e sustentável.
  1. Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro das e entre as nações.
  2. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em desenvolvimento e liberá-las de dívidas internacionais onerosas.
  3. Assegurar que todas as transações comerciais apóiem o uso de recursos sustentáveis, a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas.
  4. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais
    atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas
    conseqüências de suas atividades.
11. Afirmar a igualdade e a eqüidade dos gêneros como pré-requisitos para o desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de saúde e às oportunidades econômicas.
  1. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda violência contra elas.
  2. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica, política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias, tomadoras de decisão, líderes e beneficiárias.
  3. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e o carinho de todos os membros da
    família.
12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural e social capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar espiritual, com especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.
  1. Eliminar a discriminação em todas as suas formas, como as baseadas em raça, cor, gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.
  2. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e recursos, assim como às suas práticas relacionadas com condições de vida sustentáveis.
  3. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir seu
    papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.
  4. Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.
IV. DEMOCRACIA, NÃO-VIOLÊNCIA E PAZ
13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e prover transparência e responsabilização no exercício do governo, participação inclusiva na tomada de decisões e acesso à justiça.

  1. Defender o direito de todas as pessoas receberem informação clara e oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades que possam afetá-las ou nos quais tenham interesse.
  2. Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação significativa de todos os indivíduos e organizações interessados na tomada de decisões.
  3. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de reunião pacífica, de associação e de oposição.
  4. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos judiciais administrativos e independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela ameaça de tais danos.
  5. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.
  6. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus próprios ambientes, e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais onde possam ser cumpridas mais efetivamente.
14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos, valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.
  1. Prover a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.
  2. Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na educação para sustentabilidade.
  3. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no aumento da conscientização sobre os desafios ecológicos e sociais.
  4. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma condição de vida sustentável.
15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
  1. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los de sofrimento.
  2. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem sofrimento extremo, prolongado ou evitável.
  3. Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas.
16. Promover uma cultura de tolerância, não-violência e paz.
  1. Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas as pessoas, dentro das e entre as nações.
  2. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração na resolução de problemas para administrar e resolver conflitos ambientais e outras disputas.
  3. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até o nível de uma postura defensiva não-provocativa e converter os recursos militares para propósitos pacíficos, incluindo restauração ecológica.
  4. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em
    massa.
  5. Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico ajude a proteção ambiental e a paz.
  6. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da qual somos parte.
O CAMINHO ADIANTE
Como nunca antes na História, o destino comum nos conclama a buscar um novo começo. Tal renovação é a promessa destes princípios da Carta da Terra. Para cumprir esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos da Carta.
Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar com imaginação a visão de um modo de vida sustentável nos níveis local, nacional, regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa e diferentes culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos aprofundar e expandir o diálogo global que gerou a Carta da Terra, porque temos muito que aprender a partir da busca conjunta em andamento por verdade e sabedoria.
A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar escolhas difíceis. Entretanto, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e comunidade tem um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade efetiva.
Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da Terra com um instrumento internacionalmente legalizado e contratual sobre o ambiente e o desenvolvimento.
Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida, pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação dos esforços pela justiça e pela paz e a alegre celebração da vida.

Os melhores lugares para se visitar

1. Barracuda Point, Ilha Sipadan
Sipadan Island é a única ilha oceânica da Malásia. É apenas um pequeno ponto no mapa, mas quando um mergulhador chega lá, ele se torna uma grande coisa. O recife é mundialmente famoso por causa de sua incrível beleza e rica vida marinha. A ilha é um coral vivo subindo 600 metros acima do nível do mar. Como o nome já diz por si só, barracudas podem ser vistas ali, mas também as tartarugas macacos, olhos de cavalos e tubarões. Não é recomendável para mergulhadores amadores devido às correntes fortes.

2. Little Cayman, Índias Ocidentais
Apesar das ilhas do Caribe não serem tão limpas e selvagens como antes, devido ao desenvolvimento e à poluição que se segue, esta ilha nas Antilhas é diferente. Apenas 200 pessoas lá residem, assim a água é extremamente limpa e a vista é excelente. Embora não haja muitos peixes para ver, como em outros sites na lista, ainda vale a pena visitar por causa da água quente e fácil condição de mergulho.

3. As Maldivas
Não há necessidade de explicar muito porque as ilhas Maldivas são belas e conhecidas no mundo inteiro como destino de férias, mas também é um local de mergulho incrível. Oportunidade maravilhosa para um olhar mais atento sobre os tubarões, tartarugas e um milhão de peixes tropicais.

4. Rocktail, África do Sul
A costa da África do Sul é conhecida pelo grande número de tubarões e isso é o suficiente para os requerentes de adrenalina visitar Rocktail Baía. Os tubarões-baleia e tubarões-tigre são mais comuns nesta baía de água fria, mas há uma grande quantidade de peixes tropicais, bem como, algumas delas muito raras. De novembro à fevereiro mergulhadores podem testemunhar tartarugas ao longo das praias arenosas.

5. Rangiora, Polinésia
Não é novidade que a Polinésia é um dos lugares mais deslumbrantes do planeta. Rangiroa é o segundo maior atol do mundo, localizado na borda do mundo, dando uma impressão de lugar calmo. No entanto, sob a água não é tão calmo. Quando os mergulhadores olham para os corais incríveis e coloridos e para a rica vida marinha a adrenalina sobe. Tubarões de recife Grey, tubarões-martelo, raias e golfinhos são apenas uma pequena parte da aventura.

6. Atol de Bikini, Ilhas Marshall
Localizado no meio caminho entre a Austrália e o Havaí, Atol de Bikini, como parte das Ilhas Marshall é um dos locais mais deslumbrantes, mas também de inexplorado mergulho. Não é habitado devido à contaminação radioativa, mas a lagoa é preenchida com um número extremamente grande de peixes. Apesar disso, há um monte de navios naufragados lá, portanto, é um paraíso para mergulhadores de naufrágio.

7. Kailua Kona, Havaí
Pessoas estiveram na costa do Havaí tiveram um grande momento, toneladas de imagens de tirar o fôlego do mundo subaquático em sua memória. Há uma série de incríveis locais de mergulho e  Kailua Kona é uma das que oferecem mergulho noturno. Há uma luz colocada no fundo do oceano que dá uma imagem que é impossível esquecer.


8. Mar Vermelho, Egito
O Mar Vermelho tem água azul turquesa claro que é agradável de assistir e maravilhosa de ver. No entanto, o mergulho é uma opção para melhor aproveitar. Há excelente site de todo o mar, oferecendo uma grande diversidade de vida marinha que é impossível perder devido à água límpida. Apesar do mergulho habitual há uma oportunidade para o mergulho em naufrágio Sha'ab Abu Nuhas.

9. O Blue Hole, Belize
Ser nomeado como um dos melhores locais de mergulho do mundo foi o suficiente para torná-lo mundialmente famoso. É uma ocasião rara para ver um grande número de diferentes tipos de tubarões em águas cristalinas, dentre eles os tubarões cinzentos do recife, os tubarões-touro e martelo.

10. Grande Barreira de Corais, Austrália
Localizado na Austrália, esta maravilha da natureza tem 1200 quilômetros de extensão e é quase impossível faltar o que mergulhadores gostariam de ver, seja iniciante ou avançado. O maior recife do mundo é povoado com mais de 1500 espécies de peixes e outros habitantes de água.

by minilua

belezas naturais

1 – Central Sikhote-Alin
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Esse lugar é uma maravilhosa mistura de floresta temperada com montanhas geladas, onde vivem espécies como o belo tigre de Amur. O único problema é a viajem longa, pois esse parque se localiza na Rússia, próximo ao mar do Japão.
2 – Jungfrau-Aletsch
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Todo mundo já ouvi falar dos Alpes Suíços, mas esse pequeno parque talvez seja a partes mais bonita dele. Ele é um pequeno vale nevado em forma de U, como montanhas em volta, que cria uma agradável união de árvores com a neve.
3 – Parque Nacional Alejandro de Humboldt
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O Parque Nacional Alejandro de Humboldt, que fica em Cuba, é um local com uma alta taxa de umidade durante todo o ano, dessa forma ele possui umas das maiores biodiversidades que conhecemos. Em 2001 ele virou patrimônio mundial.
4 – Ilhas Galápagos
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Essa lugar, além da beleza, conta com uma das mais peculiares faunas do mundo. Muitos animais que lá vivem só existem nessas ilhas. Graças a isso Galápagos foi uma das fontes inspiradoras para a Teoria da Evolução de Charles Darwin, que visitou o lugar em 1835.
5 – Lago Turkana
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Conhecido como a “Mar Morto” africano, esse local é um oásis no meio do deserto, contudo sua água não é potável devido ao alto nível de salinidade. Mas graças a isso, esse local se tornou um laboratório para estudos que atraem cientista de todo o mundo, e atraem também turista que adoram a biodiversidade do lugar.
6 – Yellowstone
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O Yellowstone é o primeiro parque nacional do mundo, criado em 1872. As principais atrações são os gêiseres, fontes termais e sua fauna diversa. Contudo o traço mais marcante desse local é esse buraco da imagem acima que tem essa coloração exótica, conhecido como Morning Glory Pool.
7 – Grand Canyon
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O Grand Canyon é considerado uma das setes maravilhas naturais do mundo. Ele é conhecido por todos graças a sua beleza única, que conta a história da humanidade, revelando nosso passado a cada camada de sedimentos.
8 – A Grande Barreira de Coral
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Com 2300 Km esse é o maior recife de coral do mundo. É um dos lugares com a maior biodiversidade na Terra, existem lá mais de 1500 espécies de peixes, 8000 tipos de moluscos, centenas de espécies de algas e todo tipo de vida marinha.
9 – Angel Falls
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Essa é a cachoeira mais incrível do mundo, ela tem uma queda d’água de de 807 metros. A cachoeira está localizado no Parque Nacional Canaima, na região de Gran Sabana, Venezuela.
10 – A floresta amazônica
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A maior floresta tropical do mundo não poderia ficar de fora da lista. Ela é o local perfeito para que adora o verde e a diversidade da fauna.

Max Weber - A ética do capitalismo

A ética protestante e o "espírito" do capitalismoé um livro de Max Weber, um economista e sociólogo alemão. Escrito entre 1904 e 1905 como uma série de ensaios foram, mais tarde em 1920 ano de sua morte, complementados pelo autor e publicados em um livro, no qual ele investiga as razões do capitalismo se haver desenvolvido inicialmente em países como a Inglaterra ou a Alemanha, concluindo que isso se deve à mundividência e hábitos de vida instigados ali pelo protestantismo.
Neste livro, Weber avança a tese de que a ética e as ideias puritanas influenciaram o desenvolvimento do capitalismo. Tradicionalmente, na Igreja Católica Romana, a devoção religiosa estava normalmente acompanhada da rejeição dos assuntos mundanos, incluindo a ocupação econômica. Porque não foi o caso com o Protestantismo? Weber aborda este paradoxo nesta obra.
Ele define o espírito do capitalismo como as ideias e hábitos que favorecem, de forma ética, a procura racional de ganho económico. Weber afirma que tal espírito não é limitado à cultura ocidental mas que indivíduos noutras culturas não tinham podido por si só estabelecer a nova ordem económica do capitalismo. Como ele escreve no seu ensaio: "Por forma a que uma forma de vida bem adaptada às peculiaridades do capitalismo possa predominar sobre outras (formas de organização), ela tinha de ter origem algures, e não pela acção de indivíduos isolados mas como uma forma de vida comum aos grupos de homens".
Após definir o espírito do capitalismo, Weber argumenta que há vários motivos para procurar as suas origens nas ideias religiosas da Reforma Protestante. Muitos observadores como Petty, Montesquieu, Buckle, Keats e outros tinham já comentado a afinidade entre o protestantismo e o desenvolvimento do espírito comercial.
Weber mostrou que certos tipos de Protestantismo (em especial o Calvinismo) favoreciam o comportamento económico racional e que a vida terrena (em contraste com a vida "eterna") recebeu um significado espiritual e moral positivo. O Calvinismo trouxe a ideia de que as habilidades humanas (música, comércio, etc.) deveriam ser percebidas como dádiva divina e por isso incentivadas. Este resultado não era o fim daquelas ideias religiosas, mas antes um subproduto ("byproduct"). A lógica inerente destas novas doutrinas teológicas e as deduções que se lhe podem retirar, quer directa ou indirectamente, encorajam o planejamento e a abnegação ascética em prol do ganho económico.
Deve-se notar que Weber afirmou que apesar de as ideias religiosas puritanas terem tido um grande impacto no desenvolvimento da ordem económica na Europa e nos Estados Unidos, eles não foram o único factor responsável pelo desenvolvimento. Outros factores, relacionados, são por exemplo o racionalismo na ciência, a mescla da observação com a matemática, a jurisprudência, sistematização rational da administração governativa e o empreendimento económico.
Em conclusão, o estudo da ética protestante, de acordo com Weber, explorava meramente uma fase da emancipação da magia, o desencantamento do mundo, uma característica que Weber considerava como uma peculiaridade que distingue a cultura ocidental.
Weber afirmou ter deixado a pesquisa do protestantismo porque o seu colega Ernst Troeltsch, um teólogo profissional, tinha iniciado o trabalho no livro "Os ensinamentos sociais das igrejas e seitas cristãs". Outra razão para a decisão de Weber foi que este ensaio providenciava uma perspectiva para a comparação mais larga de religiões e sociedades, que ele continuou em suas obras posteriores (estudos da religião na China, Índia, Judaísmo).